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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Mula que tens em repeat?

 

Há muito que não vos dava música... Hoje é o dia!

 

 

Disfarçada de bela música, de música ligeira, vem em pezinhos de lã e fala-nos de violêcia. Daquela violência que não se vê mas que deixa marcas para a vida. A violência que é anularmo-nos para cabermos nas caixinhas dos outros. E adaptamo-nos. E ficamos. Moldamo-nos. E ficamos. E cedemos. E ficamos. Vale a pena? Nunca devemos deixar de ser quem somos por ninguém... Nunca devemos de pôr a felicidade de outrém acima da nossa.

 

Nunca...

 

... Porque...

 

... No final, o que resta de nós?

Quando as músicas representam tão bem a realidade

Existirá essa coisa de verdade?

 

Eu cá acho que sim, mas que existem muitas verdades para a mesma situação, dependendo da perspetiva. Por vezes, e por mais do que uma vez, encontramos discursos antagónicos sobre a mesma questão, sobre a mesma situação que duas pessoas viveram. Zangas. Problemas. Sorrisos. Amuos. Momentos felizes. Tudo depende da nossa perspetiva. Não acredito que sempre que hajam discursos opostos que alguém tenha de estar a mentir, necessariamente. Pelo menos mentir no verdadeiro sentido da palavra, com maldade, com um propósito. Quantas vezes levamos a mal algo que nos dizem ou fazem e a pessoa só queria o melhor para nós? Quantas vezes as coisas carregadas de boas intenções correm mal? Porque nem sempre o melhor para mim é o melhor para os outros, ou vice-versa. Quase nunca o é!

 

A música que se segue representa tão bem esta oposição de vivências sobre a mesma situação. Os dois, na música, dizem lembrar-se muito bem sobre o acontecimento, mas a verdade é que o que cada um conta é totalmente diferente do que o outro conta. Qual dois dois estará certo? Pois não se sabe... E será que existe isso do certo?

 

 

 

Deliciem-se com esta belíssima música!

 

Guilty Pleasure

Não sou uma pessoa que siga os seus ídolos. Verdade que já vi para aí umas 10 vezes Amor Electro e vou sempre ver quando posso, mas a verdade é que não iria muito longe para ver, nem pagaria muito dinheiro para os ouvir. Vieram muitas bandas este ano a Portugal que eu gostaria muito de ter ido ver, os Guns n' Roses foram uma delas. No entanto fiquei desempregada e quando entretanto arranjei trabalho os bilhetes já tinham esgotado, verdade seja dita que também estavam a  um preço verdadeiramente absurdo, mesmo empregada provavelmente não compraria.

 

Há no entanto um cantor que eu adoro e faço questão de o ver sempre que vier a Portugal. Vi-o pela primeira vez em 2012 - e paguei um pequeno balúrdio para poder estar na fila da frente, bem ali juntinha ao palco - com gripe, estava cheia de febre, cheia de dores de garganta e gritei que nem uma perdida. Só para terem um pouco a noção da minha doença. Vi-o pela segunda vez em 2013 bem mais distante por um valor mais baratinho, e dancei, pulei e gritei como uma verdadeira Luanete.

 

 

Já vos tinha confessado aqui, adoro Luan Santana, e é realmente o único músico que estou disposta a pagar mais para ver, e assistir ao concerto independentemente de tudo. Vem pela terceira vez ao Porto e eu já garanti o meu lugar. Não sou pessoa de grandes compras, de grandes desejos, mas este, este é o meu guilty pleasure.

 

Ainda falta muito para Fevereiro?

 

Deixo-vos com o último single:

 

 

Alguém com uma doença como a minha por alguma banda ou músico?

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.