Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

A Mula informa: Os animais e as crianças!

Os animais e as crianças

 
O teu bebé cresceu e já começa a pedir um animal de estimação e não sabes se deves aceder ao seu pedido? Gostas de animais, mas não sabes até que ponto isso poderá ser prejudicial para o teu filho ou filha? No final deste artigo, vais perceber que ter um animal com crianças, só será prejudicial ao excesso de fofura por parte dos mais pequenos, e já se sabe... ao orçamento familiar. Acima de tudo, se queres ter um animal, deves sentar-te, fazer as contas, e ver se o teu orçamento familiar suporta um novo membro.
 
Para ajudar nesta decisão aqui vão alguns factores que deverás ter em conta antes da adoção do animal. Sim, falo em adoção, porque sou contra comprar, da mesma maneira que não se compram crianças (bem, infelizmente existem casos, mas não são nesses que nos devemos basear), também não devemos comprar animais, e há tantos, mas tantos, à nossa espera nos canis e nas associações...
 
Antes de mais, deverás saber que um animal de estimação tem um papel activo no desenvolvimento emocional e social da criança, uma vez que interage com ela, não sendo estático e maleável como os seus brinquedos. Este novo membro da família  terá igualmente um papel activo no seu processo de socialização, uma vez que o animal terá uma determinada atitude perante um determinado comportamento e a criança terá de se adaptar. 
 
 
Tal como a criança necessita de cuidados, o animal também, e no caso de decidires  adotar, deverás compreender a importância de a criança estar presente e ser activa aquando desses mesmos cuidados, de forma a criar uma determinada rotina com aquele animal, de modo a apurar o sentido de responsabilidade da criança, ainda que a participação desta aquando da higiene, da alimentação e mesmo das brincadeiras com o animal, deverá ser sempre orientada por um adulto, pois poderá sempre haver o risco de ser arranhada ou mordida, até os dois se habituarem um ao outro.
 
Através da responsabilidade que a criança cria ao cuidar do seu novo amigo, desenvolve a sua autonomia e afectividade, bem como sentimentos de alegria, frustração, respeito e lealdade. Está provado que uma criança que seja afectuosa com os seus animais será mais amistosa e sociável com os seus colegas e amigos, uma vez que aprende a esperar, a respeitar e a partilhar, no convívio com o outro.
 
Um outro ponto importante que deverás ter em conta, aquando da adopção, é que este não é eterno. E os pais deverão desde cedo explicar às crianças o ciclo natural da vida, mostrando que nem sempre as coisas são como desejamos e que por vezes perdemos quem amamos. Essencialmente quando falamos de peixes, pássaros e pequenos roedores, devido à sua curta longevidade. Por vezes acontece que os pais, por não saberem como o fazer, omitem a morte às crianças, omitem a verdade e a realidade e a experiência de perder um animal ou um amigo, nestes casos, poderá ser traumatizante, pois a criança não perceberá o que aconteceu. Por isso, da próxima vez que o teu filho te pedir um animal, aproveita para esclareceres alguns pontos fundamentais, como este.
 
Quando falamos de cães e gatos surgem outras dúvidas, nomeadamente ao nível das alergias, certo?
 
Relativamente às alergias, um estudo liderado pelo alemão Joachim Heinrich, que envolveu 9 mil crianças desde o nascimento até aos 6 anos permitiu verificar que as crianças que desde cedo coabitaram com cães e gatos eram menos susceptíveis de desenvolver doenças respiratórias, pois o contacto com esses animais aumentava as defesas do sistema imunitário contra as alergias. Esta situação deve-se ao facto de, através da convivência, os animais passarem às crianças endotoxinas de bactérias gram negativas, que estão presentes, por exemplo, na saliva dos cães e gatos, e o contacto com esses microrganismos fortalecer o sistema imunitário, criando uma espécie de vacina natural. Já as crianças que não contactam com esses animais de pêlo, não reconhecem os agentes responsáveis pelas alergias provocando  assim essas reacções negativas.
 
Para finalizar, no caso de optares por oferecer à tua criança o animal que ela tanto deseja, não te esqueças das visitas regulares ao veterinário para garantir não só a saúde do animal, como a de toda a família.
 
E não te esqueças que adotar é um ato de amor!

See you*
 

4 comentários

Comentar post

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.