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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

Desabafos da Mula

Uma pequena história de desamor: A pessoa V e a Mula!

Há a pessoa V. E depois há a Mula.

 

A pessoa V e a Mula nunca se deram propriamente bem, também nunca se deram propriamente mal. A pessoa V e a Mula, nunca trocaram carinhos e palavras bonitas, mas perante o mundo até poderiam passar por duas pessoas que se toleravam. Mas a pessoa V é uma pessoa parva. A pessoa V é uma pessoa invejosa. A pessoa V é uma pessoa parva porque é uma pessoa triste, é uma pessoa invejosa e amargurada, porque em vez de assumir que quer para si coisas, critica os outros por quererem para si essas mesmas coisas, descartando-se de vontades e responsabilidades. Depois quando ninguém está a ver, deseja ter exatamente aquilo que os outros têm, mas porque não consegue, é mais fácil dizer perante os outros que não quer, que não precisa, que não gosta, que é mau ter. Os outros são estúpidos e falsos por lutarem pelo que querem, a pessoa V não, a pessoa V é que é fixe que não precisa de nada disso, que é como quem diz, que é tão miserável que nem isso consegue ter. E isso corrói, imagino que corroa e doa demasiado. Mas fingir que se está bem porque se é superior às coisas que se quer é libertador.

 

A pessoa V é má. No entanto, a Mula até tinha um certo carinho pela pessoa V, porque a Mula olhava para a pessoa V e pensava como era triste ser assim, a Mula tinha pena, a Mula tolerava a pessoa V porque tinha pena. A pessoa V acusava todo o mundo das piores coisas, da pior malvadez, todo o mundo estava contra a pessoa V, e a Mula sempre achou que ela roçava com um dedo na esquizofrenia, mas a Mula tinha pena porque "coitada, deve ser triste viver assim". Então a Mula tolerava. A Mula acompanhava. A Mula até a defendia, imaginem só. A Mula sabe que a pessoa V não tem amigos, ou tem muito poucos, porque a pessoa V é insuportável quase impossível de aturar. Então a Mula durante um tempo tentou mostrar-lhe que era possível fazer amigos, que elas até poderiam ser amigas, ou pelo menos não se darem mal. Até porque a Mula nunca fez nada para se darem mal. Bem para a pessoa V se calhar a existência da Mula é por si só suficiente para se darem mal, porque já se sabe, há quem não precise de fazer nada para incitar o ódio, apenas existir. Mas a Mula tinha paciência porque desvalorizava. No entanto o que a Mula não tem é paciência infinita. Porque a pessoa V, triste, amargurada, esquizofrénica é também má pessoa, e faz aquilo que acusa os outros de fazer... e não é bonito. 

 

A Mula continua com pena da pessoa V, continua a achar que é muito triste viver assim, mas a Mula não tem paciência para tanta estupidez.

 

Fim.

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Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos. Mais do que um blog, são pedaços de uma vida.