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Desabafos da Mula

Desabafos do quotidiano, por vezes irritados, por vezes enfadonhos, mas sempre desabafos.

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Uma espécie de Review de alguém que não percebe nada disto: A Rapariga no Comboio

Já tinha saudades de ir ao cinema. Um mês sem alapar o rabinho nas confortáveis poltronas dos cinemas a comer pipocas com M&Ms é muito tempo, e entretanto já perdi uns quantos filmes que queria ver. Mas este não queria mesmo perder. 

 

Fui ver A Rapariga no Comboio, pois claro. Não li o livro, por isso não vos vou falar sobre a adaptação do livro ao cinema, nem nada que o valha, irei falar do filme apenas pelo filme em si, polémicas à parte.

 

 

A Rapariga no Comboio conta a história a partir de três narradores com um ponto em comum: Rachel que é uma voyeur alcoólica, altamente perturbada devido ao seu divórcio com Tom; Anna a atual mulher de Tom que vê Rachel como uma assombração e Megan vizinha de Tom e Anna, casada com Scott e que misteriosamente desaparece. Apesar dos três narradores, é pelos olhos de Rachel que a história nos é maioritariamente contada. Durante as suas viagens diárias de comboio entre Manhattan e Nova Iorque, Rachel observa as várias pessoas que consigo se cruzam diariamente e observando as casas por onde passa, fica obcecada por a sua antiga vizinha Megan, que é casada com Scott e que aos olhos de Rachel tem uma vida de sonho e um amor perfeito, tudo aquilo que desejava para si. Todos os dias Rachel apanha o mesmo comboio, na mesma carruagem e aprecia a suposta felicidade de Megan. No entanto tudo muda quando Rachel se apercebe que Megan tem um amante, e toda a perfeição que lhe atribuía se desfaz. Nesse mesmo dia, Megan desaparece misteriosamente e Rachel acaba envolvida no seu desaparecimento e torna-se numa das suspeitas, no entanto Rachel não se lembra do que aconteceu naquele dia devido ao seu problema de alcoolismo. O que terá acontecido com Megan, afinal?

 

Neste filme vão perceber que nada é o que parece ser. 

 

O filme começa confuso, e até ao intervalo não compreendemos muito bem para onde nos pretende levar. A segunda metade do filme é bastante mais ativa e emocionante no entanto não o considero um Thriller. Não assusta, não nos deixa altamente tensos, mas que nos prende por alguma razão ao ecrã, mesmo no início, sem sabermos muito bem porquê. Considero este um filme dramático na medida em que vemos toda a história essencialmente pelo sofrimento de Rachel. Emily Blunt está efetivamente de parabéns, teve uma interpretação brutal, a forma como deixava transparecer as emoções efetivamente arrepiava.

 

Este filme toca em pontos bastante importantes para refletir: a forma como as pessoas podem manipular a nossa mente de forma a distorcermos totalmente a forma como vivemos as coisas, a forma como as interpretamos julgando inclusive que aconteceram coisas que efetivamente não aconteceram; a forma como o acreditar em algo pode influenciar todas as nossas atitudes perante nós, perante os outros; a importância que as relações têm nos seres humanos; entre muitas outras questões psicológicas das quais vale a pena refletir.

 

Uma das grandes críticas que vi tecerem ao livro é que no livro o final era relativamente evidente, no entanto eu não senti isso no filme, a verdade é que o final surpreendeu-me bastante.

 

É um filme que na minha opinião vale bem a pena ir ver.

3 comentários

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    Mula 17.10.2016

    ahahahaha obrigada.
    Eu tive uma grande vantagem: nem sabia de que se tratava a história, ou seja: 0 expectativas! Talvez por isso tenha gostado.
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    Maria Araújo 17.10.2016

    Estive para ver o filme no sábado, acabei por não sair de casa.
    4ª feira, vou.
    E gosto de ler as tuas opiniões,apenas se vala a pena ou não.
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